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terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Feliz 2008 com duplo Arco-íris em Cuiabá


Eram aproximadamente dezoito horas (hora local) de uma quarta-feira qualquer, neste caso, no dia 19 de dezembro de 2007.
Ia eu trafegando com o meu carro, um Toyota Corolla, ano e modelo 2000, pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, mais conhecida como Avenida do CPA, devido ao Centro Político Administrativo, logo após uma típica pancada de chuva, muito comum nessa época, quando em meio a um engarrafamento, o que surge na minha frente?
Saquei a máquina amadora que anda comigo, uma SONY Cyber-shot DSC S-650, e fiz a foto de dentro do carro mesmo.
Veja com seus próprios olhos...


http://byfiles.storage.live.com/y1pwIyuQPGcOGZuzzcWN2ogB8pKv1jbpVv1Z9tu0aHGhkWuG0qBF7xtPkioopHNZoVKEbXTZJ8pYrg


http://byfiles.storage.live.com/y1pwIyuQPGcOGYWnouCS1SvKufOXLh6JO6haDqrIEQJwzRred57AghuLIEImJvXaX8D10e5WH9ZnWo

Um duplo arco-íris bem na minha frente.
Então, deixo ele a você como mensagem de esperança para o ano que começa.

Feliz 2008!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Rafting em Jaciara



O nome Jaciara foi extraído da obra do escritor Humberto de Campos, encontrada na Lenda da Índia Jaciara, a Senhora da Lua, no texto Vitória Régia. O nome tem origem Tupi-Guarani.

A região onde Jaciara está localizada já era habitada há muitos anos, conforme mostram inscrições rupestres, encontradas em grutas do município. Também por ali já habitavam índios Bororos, que oficialmente formam a primeira presença humana nativa da região.Em 1877 chegaram os primeiros colonizadores, que de forma lenta e desordenada colonizam a região, que permanece assim até 1947 - 70 anos após.


Em 1950, é elaborado o projeto de urbanização da futura cidade de Jaciara. Já em 1953 é criado o distrito de Jaciara, pertencente ao município de Cuiabá e em 1958 o então Governador João Ponce de Arruda, sanciona a Lei nº 1.188, criando o Município de Jaciara.

Hoje, Jaciara é uma cidade progressista com uma população de 23.000 habitantes, que está localizada ao Sudeste de Cuiabá (142 km), em um planalto com uma arquitetura arrojada, onde uma brisa suave, quase constante que percorre suas ruas arborizadas, em clima tropical semi-úmido com temperatura média de 26ºC, com seu período de chuva bem definido permite desfrutar de um ambiente tranqüilo e agradável.

Possui uma crescente infra-estrutura de serviços com hotéis, restaurantes, balneário, policiamento, instituições de ensino e tudo mais que uma cidade que tem potencial turístico necessita.

É uma região produtora de águas termais e minerais, próximo dos maiores pólos empresariais do Mato Grosso com um sistema viário que garante rápido acesso às rodoviárias e aeroportos.
Em Jaciara você vai encontrar lugares de rara beleza, para serem apreciados e fotografados: Rios, Cachoeiras, Águas Quentes, Sítios Arqueológicos, Piscinas Naturais, Parque Aquático, Rapel, Rafting e muito mais. Nos meses de julho e agosto acontece em Jaciara a famosa Temporada de Esportes Radicais, reunindo atletas de vários pontos do Brasil para participarem dos mais variados tipos de esportes radicais.

Ao longo do Rio Tenente Amaral e rio São Lourenço, forma-se um dos mais belos conjuntos de cachoeiras do Centro-Oeste e ao longo do Rio Tenente Amaral, são realizados em botes infláveis passeios com muita adrenalina, percorrendo 2,5 km de corredeiras de nível I ao nível IV, onde encontraremos a corredeira do Rebojão, a Tamburelo e o Salto do Bambu que é a maior e a mais emocionante queda d’água, onde também teremos a chance de conhecer a Cachoeira da Fumaça uma bela queda de 30 metros de altura.

Inscrições ruprestes encontradas na Gruta das Perdidas, no Vale das Perdidas, falam da cultura de uma civilização já extinta. Essas inscrições, segundo estudiosos, datam de mais de cinco mil anos.

Uma parte de nossa história que deverá ser preservada para sempre. Para isso, o apoio e consciência de quem as visitam e das autoridades competentes se faz muito importante para sua continuidade.

Os arqueólogos franceses Denis Vialou e Agueda Vilhena Vialou,em 1984, localizaram os Sítios Arqueológicos em abrigos sobre rochas, que foi denominado Gruta das Perdidas, onde paredões exibem pinturas rupestres datada pelo carbono 14 entre 3.630 e 4.610 anos, caracterizando como Zona Pré-Histórica.

Além de figuras de animais, “agricultura primitiva” e figuras humanas, chamam a atenção as raras figuras que insinuam a prática de sexo grupal.


Distritos: Sede, Jatobá, Selma.

Limites: Dom Aquino, Santo Antônio do Leverger, Juscimeira, Campo Verde e São Pedro da Cipa.

Relevo: Depressão rio Paraguai, calha do rio São Lourenço.

Coordenadas:16º 02’ 30" latitude sul, 54º 59’ 45" longitude oeste Gr.

Hidrografia: Grande Bacia do Prata. Para esta bacia contribui a Bacia do São Lourenço.

Clima: Tropical quente e sub-úmido, com 4 meses de seca, de maio a agosto.

Precipitação anual: de 1.750 mm, com intensidade máxima em dezembro, janeiro e fevereiro.

Temperatura média anual: de 26º C.


Parque Cachoeira da Fumaça


Esse Parque fica em uma propriedade particular que fica a 12 quilômetros da cidade e nele é possível fazer um rafting de aproximadamente duas horas até a Cachoeira da Fumaça, que possui uma queda de 30 metros, propícia para a prática de rapel. No local também existem piscinas naturais, corredeiras e cânions. Por se tratar de propriedade particular, é cobrado ingresso para entrar.


O Thermas Cachoeira da Fumaça

Situado a apenas 8 KM (Asfalto) do centro de Jaciara (130 KM de Cuiabá), e cercado por uma vasta área verde, o Balneário é o lugar ideal para quem quer relaxar, divertir e curtir a natureza.Situado na área de preservação ambiental da “Cachoeira da Fumaça”, o balneário fornece ótima estrutura para que quer curtir o que há de melhor na região:

  • Rafting, Rapel e outros esportes radicais

  • Piscinas naturais de água corrente

  • Acesso a ás mais belas cachoeiras

  • Tobo Águas

  • Parques infantis

  • Restaurante

  • Lanchonete

  • Área privativa com churrasqueira

  • Amplo estacionamento

Visite o site das Thermas clicando aqui.

Eu fiz o passeio de Rafting e foi maravilhoso. Confira então as fotos e as minhas impresões sobre o passeio e como fazê-lo.



Excelente relação custo-benefício para um final de semana diferente e desestressante.
Me hospedei no Hotel Toquinho, na beira da rodovia BR 364 que conduz à Estrada Parque e a Rondonópolis. Fácil encontrá-lo. Todo mundo na cidade conhece...
Muito bonzinho... Quarto com TV, frigobar, banheiro legalzinho, toalhas limpas e tal... Tudo bem limpinho, e diária de R$ 60,00 por quarto duplo (R$ 30,00 por pessoa). Café da manhã bonzinho, mas, claro, sem aqueeeeelaaaa variedade de um 5 estrelas. Vale a pena. Lá há quem diga que o Hotel Taba é melhor, mas eu não experimentei, e acabei saindo muito satisfeito com o Hotel Toquinho.
Só não recomendo esse hotel para flamenguistas. Vá até lá e descubra por que...
O almoço de sábado foi na “Churrascaria Taperão”. Segundo os locais, uma das duas melhores de Jaciara, junto com uma tal de “Chaleira Preta”, que eu não conheci. Na “Taperão” é claro, é espeto corrido, com um buffet razoável e sem luxo. Das carnes tem o essencial. Não espere encontrar peito de peru enrolado com bacon, nem cachara no espeto... Como eu disse, servem o essencial. Tem picanha, coração de frango, contra filé, frango, essas coisas... E na saída tivemos uma situação desagradável: depois de pagarmos a conta e quando estávamos entrando no carro, fomos abordados pelo garçon. Alegava que não teríamos pago a mesma. Tirei do bolso do colete o ticket e entreguei a ele. Ainda assim, não se convenceu. Pediu que esperássemos até que ele verificasse. Como estávamos a passeio, sem estresse, não nos importamos... Só que o cara voltou lá pra dentro e sumiu. Nos deixou no sol, esperando e não voltou. Tive que ir lá dentro pra ver o que aconteceu. Foi quando ele me acenou, me “liberando” pra ir embora. Pode? Amadorismo... Cidade turística, que desponta pra isso, precisa tratar melhor o turista. Da próxima vez experimentaremos a “Chaleira Preta”.
À noite, encontramos a Pizzaria “Mr. John”, muito boa, bom atendimento e barata. Outra boa indicação do povo jaciarense. Pergunte onde é que todo mundo sabe. Fica difícil explicar. É a melhor relação custo-benefício para o jantar.
O que ficou a desejar na cidade é um tal "Mirante". Tem placas indicando e tudo. Só que você não encontra... Ninguém na cidade conhece... É quase uma lenda urbana jaciarense. Alô, Secretaria de Turismo: onde é afinal o tal mirante?
Agora o passeio do rafting mesmo, que é o que interessa...
Ele pode ser diurno ou noturno (até às 22 horas) e as reservas podem ser feitas com antecedência pelos telefones: (66) 3461 1118 ou (65) 9977 2873, falar com Nélida ou com Jeová.
Jeová? Não! Não é um passeio religioso a Galiléia... Esse Jeová é um experiente e preparado instrutor de Rafting, que primeiro ensina você a como não cair do barco e o que fazer se cair (não se preocupe, é tudo seguro e com equipamentos apropriados como coletes salva-vidas e capacetes). Depois que você aprende isso, o objetivo dele é derrubar você do barco... Claro que com um grupo que não queira ser radical, ele faz um passeio muito mais light. Mas eu acho, que se você não quer ser radical, arrume outra coisa pra fazer. Vá fazer tricô... crochê... jogar xadrez... Sei lá. Cada um, cada um!
Você precisa ir de Jaciara até as Thermas por sua conta. São 8 km de estrada asfaltada e em boas condições de conservação e sinalização.
Lá chegando você tem 2 opções: apenas fazer o passeio e pagar apenas o valor do mesmo (precisa avisar isso na portaria das Thermas) ou passar o dia nas Thermas. Se a opção escolhida for a segunda, pagará R$ 15,00 por pessoa, receberá uma pulseira de identificação e poderá permanecer das 7:00 às 22:00 hs lá. O almoço é aparte, e custa R$ 12,00 o self-service. Não é o supra-sumo da gastronomia, mas lembre-se, você está em Jaciara.Vale a pena passar um dia nesse lugar: trilhas, cachoeiras variadas, piscinas naturais de água quente e corrente, tobogãs, churrasqueiras, estrutura de bebidas, banheiros com sabonete, papel higiênico e tal.
O passeio do rafting é assim:
Dura aproximadamente 1h e 45 min em 3 km rio Tenente Amaral abaixo... Crianças a partir de 5 anos podem fazê-lo. Custa R$ 30,00 por pessoa com o equipamento de segurança incluído e o transporte das Thermas Chachoeira da Fumaça até o local também.
A qualidade e a emoção do passeio depende muito do grupo: da empolgação, da sincronia das remadas e do espírito de aventura. Dica: cada barco comporta até 7 pessoas mais um instrutor. Todos remam. Se possível, feche um grupo com 7 ou 14 pessoas que fica tudo em casa... muito mais divertido, e a gosto do freguês. A empresa tem 3 barcos. Se conseguir um grupo com 21 pessoas dá pra chorar até desconto nos passeios e no hotel...
Pra chegar até onde o barco sai, é um tracking light por dentro de uma usina hidrelétrica. Você vai caminhar por sobre tubulações e trilhas na mata. Tudo muito agradável e seguro! Vai conhecer a tal “Cachoeira da Fumaça”, que é incrível! O nome se refere a spray de água que fica no ar, e de quebra forma um arco-íris pras fotos mais apuradas. Depois toma “banho de descarrego” em outra cachoeira muito legal. Aí nada em águas tranqüilas, se banha à vontade e espanta o calor. Então o passeio começa...
Nem vou falar muito. Vale cada centavo. Tem um “surf” de bote num redemoinho que é sensacional. Depois tem um trecho que você salta do barco e desce flutuando com o seu colete rio abaixo... muitas remadas abaixo vem a apoteose: uma queda livre de 3 metros onde o barco despenca (veja a foto).
Inesquecível!
Mas uma coisa eu garanto: é satisfação na certa!
Junte uns amigos e tal e faça esse passeio, por que você volta outro!
Eu mesmo gostei tanto que fiz duas vezes: no sábado e no domingo.
E espero fazer ainda muitas vezes.
Enjoy it!
Ah! O rapel na cachoeira está temporariamente suspenso, pois o instrutor viajou. Logo, logo volta!
E tam ainda um passeio que visita inscrições rupestres de 5 mil anos... Esse eu ainda vou fazer!
Agora, vista seu espírito de aventura e vá a Jaciara fazer rafting!

Mais fotos do passeio, inclusive as prometidas para os amigos, clique aqui.





O Rafting






Repare bem:


Pra quem gostou e se interessou, eu deixo o contato:



terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Fotos de Chapada dos Guimarães


Pitoresca Igreja no interior da Escola Evangélica Buriti, na Rodovia Emanuel Pinheiro, km 55.

Na Chapada ocorrem 3 Corujas da Família Strigidae:

CORUJA BURAQUEIRA- Athene cunicularia

CORUJA CABURÉ- Glaucidium minutissimum

CORUJINHA DE ORELHA- Otus choliba

As flores que você vê no caule da Mangueira (Mangifera indica), são feitas com tampas de garrafa pet coloridas. É tradição por aqui cravar-se pregos enferrujados no caule das frutíferas ou dar machadadas paralelas no mesmo para aumentar a sua produção.

Banheiros do Centro de Treinamento Indígena AMI, na rodovia Emanuel Pinheiro, km 58. O teto é repleto de cactos, inclusive com frutos.

Rara orquídea de solo, cultivada com carinho no bairro Aldeia Velha. Não necessita nem troncos e nem xaxins.

Todas as fotos expostas neste post, são de autoria de Oscar Luiz Pereira da Silva Neto, este que vos escreve, obtidas com Câmera Amadora da marca SONY, modelo Cibershot DSC-S650, obtidas em dezembro de 2007, e podem ser utilizadas se houver interesse em qualquer situação que não envolva fins comerciais, desde que citada a fonte com seu devido link.

Para as demais situações, consulte o autor através do email disponível na coluna lateral deste blog.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Lagoa Encantada


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LAGOA ENCANTADA

ROSÁRIO OESTE - MATO GROSSO - BRASIL


Conta a lenda que na Lagoa Encantada de águas límpidas e transparentes, viveria uma mulher bela e encantadora que em determinadas ocasiões apareceria para os que se banham ali. Sentada numa pedra, a mulher cujos cabelos seriam longos entoaria cantigas. Porém, ao perceber qualquer aproximação, mergulharia nas águas transparentes e misteriosamente desapareceria.

Local indicado para o eco-turismo histórico.

Fui, vi e adorei é um dos lugares mais bonitos que já conheci. Recomendo!

Quem assina essa postagem é a minha amiga querida, Simone, do excelente blog meio abandonado "Caldeirão de Idéias"!


domingo, 16 de dezembro de 2007

Janis Joplin e Chapada dos Guimarães

Todo mundo conhece Janis Lyn Joplin (1943-1970), cantora texana de blues, influenciada pelo rock e pelo soul com uma voz marcante e que também chegou a compor. Joplin lançou quatro álbuns, desde 1967 até o lançamento póstumo em 1971.

Cultivando uma atitude rebelde, Joplin se vestia como os poetas da geração beat, e a partir de 1963, seu uso de drogas começou a aumentar, incluindo a heroína, que junto com a bebida, arruinou a sua saúde a levou à morte por overdose em precoces 27 anos de vida.

Mas seus 27 anos foram bem vividos. Ganhou algum destaque entre a nascente comunidade hippie em Haight-Ashbury e percorreu várias comunidades hippies pelo mundo, cantando e disseminando seu estilo próprio.

Pois foi nessas “andanças”, que ela esteve no Brasil. E um dos lugares que ela fez questão de conhecer foi a Chapada dos Guimarães. Passou um tempo numa comunidade hippie que resiste ao tempo e à modernidade e que ainda está de pé. No mesmo lugar.

Na praça principal da cidade (quem já esteve lá bem o sabe), os hippies dessa comunidade ficam vendendo seu artesanato e espalhando a “Paz e o Amor” aos turistas e aos habitantes locais.

Pois um dos muitos hippies gente boa que eu lá conheci, certa feita, enquanto eu estacionava o meu carro na praça, ao som de “Mercedes Benz” (não, não é o carro, é a música, meu carro é Toyota), veio até a minha janela (minha não, a do carro), cantar (num idioma que só ele compreendia) e tocar “air guitar”, acompanhando a “Janis Joplin” com bastante desenvoltura.

Não me pareceu muito “chapado” não, mas ficou muito alegre de ouvi-la e dançava muito, como “Ian Anderson” do Jethro Tull, no Jô Soares. Aliás, sua fisionomia também era bem parecida com a do multi-instrumentista, rei da flauta no rock.

Face envelhecida pelo tempo, de jovem só tinha mesmo a disposição. Pois acreditem: ele me relatou que conheceu Janis Joplin! Que teria ido a Woodstock e que depois, mais tarde, tê-la-ia recebido na comunidade que habita até hoje em Chapada.

Fiquei estupefato com o relato daquele ser. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto contava. Mesmo sabendo que essa turma “pega pesado”, ele me pareceu muito convicto do que falava. Se não era mesmo verdade, ele mesmo estava acreditando em sua própria mentira!

Eu não estava sozinho, e minha família testemunhou aquele relato, aquela figura dançante. As opiniões são as mesmas: para nós, ele falou a verdade!

Nunca vamos saber se estamos certos. Se ele falou a verdade ou se mentiu naquela inocência de quem acaba acreditando na mentira que contou...

Veja um trecho da Revista Época, edição 22, de 19/10/1998 :

É claro que o roteiro dos místicos brasileiros tem outras atrações espalhadas pelo país. A mineira São Tomé das Letras é uma delas. Considerada uma cidade sagrada por entidades esotéricas, seus moradores não se cansam de contar fantásticas histórias de discos voadores e óvnis. A Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, é um marco geográfico que atrai os herdeiros de Woodstock. Ali, justamente, está o centro geodésico da América do Sul. Mas, nos últimos dois anos, Alto Paraíso é que está sendo o maior alvo de procura. Além dos cristais, os moradores vangloriam-se de que o município está no Paralelo 14, a linha meridional que forma uma faixa de energia no planeta, segundo a visão esotérica. Ali também estão as nascentes de importantes bacias hidrográficas brasileiras, como a do Rio Tocantins. Os muitos recantos de água doce e as cachoeiras imponentes - com até 120 metros de queda-d'água - são palcos para meditação e outros ritos místicos.

Chapada dos Guimarães é um pacato município com aproximadamente 18.000 habitantes, distante 64 km de Cuiabá, com um potencial turístico incrível e mal explorado. Seus 6.249,44 km² localizam-se a uma latitude 15º27'38"sul e a uma longitude 55º44'59" oeste, estando a uma altitude de 811 metros.

No “mirante”, situado 7 km adiante da cidade, situa-se o “Centro Geodésico da América do Sul” (enquanto a topografia considera a Terra plana, a Geodésia toma em conta a sua curvatura). Daí, uma série de mitos esotéricos e a atração de místicos do mundo inteiro, além dos hippies e a atenção dos ufólogos.

Pois é nesse contexto, que a pedido da minha amiga portuguesa “A Papoila”, eu vim falar do meu “Paraíso Natural”.

Melhor do que falar é mostrar...

Chapada é onde nascem as águas que vão formar o Pantanal. Por isso, hoje, uma grande parte do seu território é protegido por um Parque Nacional. Com seus terrenos geologicamente jovens, por falta de desgaste eólico e do tempo, Chapada é dotada de terrenos acidentados, o que forma inúmeras formações rochosas e cachoeiras. Seu clima ameno e bem diferente do de Cuiabá, mesmo estando tão perto, a transforma numa “Mecca” para a população aos finais de semana.

Enfim, um lugar maravilhoso, que mereceria uma atenção e uma administração melhores!

Postado no Flainando na Web, em 14 de maio de 2007.

sábado, 15 de dezembro de 2007

As Vertentes formadoras da Música de Mato Grosso e o Rasqueado Cuiabano


Foram três vertentes que formaram e ainda formam a musicalidade mato-grossense, sendo que duas, a autóctone e a platina, são as bases primordiais no processo histórico.

Autóctone: A instrumentalização e a musicalidade são de origem local, fruto do coque cultural que os índios da região, negros escravizados e brancos colonizadores, desenvolvida os primeiros anos de fundação das cidades ribeirinhas.

A viola de cocho, o ganzá, o adufo e o mocho, são frutos deste processo.

Os cantos e danças que se fazem com estes instrumentos até os dias de hoje, são as expressões mais antigas da musicalidade do Estado do Mato Grosso, ou melhor dizendo, é o nosso canto primordial.

Platina: A instrumentalização e a musicalidade foram trazidas para a região no processo da colonização, via Estuário do Prata, no séc. XIX, principalmente logo após a Guerra da Tríplice Aliança, (Guerra do Paraguai). Embora já dispusessem do piano, violão, violino, flauta, etc., na camada alta sociedade imperial, estes só eram usados para tocar músicas européias.

A chegada dos imigrantes da região platina: Argentina, Uruguai e principalmente o Paraguai, popularizou tais instrumentos, devido os mesmos serem comuns nas classes mais baixas daqueles países.

Com eles vieram novos instrumentos, como o bandoneon e a sanfona de oito baixos conhecida aqui de pé-de-bode.

Da mescla desses imigrantes com o ribeirinho, vai nascer o sincretismo das vertentes autóctones platinas e a musicalidade e as danças vão começar a sofrer influências, assim como a culinária e até o modo de falar.

Outros Estados Brasileiros: A instrumentalização e a musicalidade foram trazidas com os imigrantes novos, que vieram ocupar o Vale do Araguaia e o Norte do Estado. Com eles vieram o cavaquinho e a viola de pinho. O primeiro instrumento mesclou-se com os grupos de rasqueado, samba e chorinho de Cuiabá, enquanto que a viola de pinho pouco influenciou a música mato-grossense, ficando mais para a região leste no que é hoje o Estado de Mato Grosso do Sul.

Desse instrumento nasceu, na baixada cuiabana, a cantoria da folia dos reis, chamada Folião, praticamente extinto devido a pouca proliferação do instrumento na região. Depois da construção de Brasília, a migração paulista, mineira, e goiana intensificou-se, vindo a seguir a sulista, com os gaúchos, paranaenses e catarinenses, criando um novo mosaico de musicalidade.

Os nordestinos e nortistas, que já haviam chegado, no final do séc. passado, também apareceram nesta época.

Com o advento da televisão, houve uma grande parafernália de fluxos musicais de baixo teor cultural, causando assim uma confusa visão, tanto do músico, quanto da comunidade presente, principalmente nas cidades novas.

Texto do músico e pesquisador Milton Pereira de Pinho - Guapo.


O RASQUEADO

O Rasqueado tradicional, antigamente, era executado na viola de cocho, tendo semelhança, assim, com o siriri e o cururu, enquanto música.

Atualmente, apresenta outras características, utilizando-se amplificadores e instrumentos modernos. A dança é executada aos pares que, abraçados, "bailam" pelo terreiro ou salão de festas.

Comum a todo tipo de festas, desde aniversários, carnaval, o tradicional "chá co' bolo", até festas de santos, o rasqueado costuma atrair novos adeptos que contagiam-se com seu ritmo pulsante, ocorrendo principalmente nos municípios próximos de Cuiabá.

A Definição da Palavra Rasqueado: "... arrastar as unhas ou um só polegar sobre as cordas, sem as pontear". (Acordes em glissados rápidos, rasgado, rasgadinho, rasqueado e rasqueo) - Dicionário Musical Brasileiro - Mário de Andrade.

Origem do Rasqueado Cuiabano: O termo "rasquear la guitarra" é expressão ibérica, de origem árabe-cigana (sul da Península Ibérica).

Em Mato Grosso, a expressão musical Rasqueado Cuiabano ou Dança Popular Mato-grossense, traz no seu processo histórico toda uma saga, que começou após o fim da Guerra da Tríplice Aliança (Guerra do Paraguai), quando os prisioneiros da Retomada de Corumbá ficaram confinados à margem direita do Rio Cuiabá, atualmente cidade de Várzea Grande.

Logo após o final do conflito, estes prisioneiros não voltaram para seu país de origem, aqui permanecendo e espalhando-se ao longo do rio, miscigenando-se e inteirando-se à vida dos ribeirinhos. Essa integração resultou em várias influências; costumes, linguajar e principalmente danças folclóricas: a polca paraguaia e o siriri mato-grossense. A primeira, pulsante e larga, modulada no compasso binário-composto, a Segunda, saltitante, com percussão forte (de origem negra-bantu) . a fusão dessas duas danças resultou numa terceira. O Pré-rasqueado.

O Pré-rasqueado limitou-se aos acordes de siriri/cururu, devido o seu desenvolvimento na viola de cocho, nos chamados Tchinfrins (baile de quiçaça), onde as formas de dançar receberam diversas designações como: liso, crespo, rebuça-e-tchuça ... para mais tarde para mais tarde participar das festas juninas, carnaval ou qualquer exaltação festeira dos ribeirinhos. Na baixada cuiabana, mesclou-se com o chamame pantaneiro, que também estava em formação.

Quanto a melodia e ritmo, o pré-rasqueado alterou-se por algum tempo com facetas duplas, isto é: toadas de siriri apareciam como rasqueado e toadas de rasqueado como de siriri. Com a proclamação da República e a necessidade do maior entendimento entre as duas classes (ribeirinhos e elite), surgiu a oportunidade da popularização do rasqueado.

Mais tarde com o crescimento das cidades, apareceram as primeiras zonas de prostituição, e o pré-rasqueado saiu nas bocas das moças da noite e, do convívio destas com os músicos e coronéis nos cafés, foi também parar nas partituras dos mestres de bandas de música para, mais tarde, aparecer nas retretas (já com vários arranjos de influência musical popular muito comum na época, com o chorinho, valsa, samba, maxixe, tanto de Ernesto Nazareth e outros).

O rasqueado desperta com maior intensidade na população da periferia das cidades, quando começa a ser executado com os hinos de santos (acompanhando Bandeiras do Senhor Divino, São Benedito, etc.) indo aparecer nos chamados chá com bolo.

A música do rasqueado só começa a ser aceita pela elite, nas décadas de 20 e 30, onde Honório Simaringo, Antônio Garcia, Conjunto Serenata e até o piano de Zumira Canavarros e Dunga Rodrigues conseguem infiltrar o rasqueado nas noites de saraus e, também com o endosso das famílias cuiabanas mais abastadas.

A influência do rasqueado chegou ao Rock And Roll... Veja a versão de “A Lua”, um dos rasqueados mais tradicionais na bela versão Rock da Banda Strauss.

Aproveite e identifique na letra vários ícones do cotidiano cuiabano e mato-grossense.

A Lua

(clique + SHIF para ouvir)

(Folclore popular/Henrique e Neno/Zuleica Arruda)

A lua quando vem saindo

Por detrás da montanha

É uma solidão

Até parece uma coroa de prata,

Coração da mulata lá do meu sertão


Vem cá morena, sai na janela

Venha ver a lua como está tão bela


A lua quando vem saindo

Por detrás da montanha

É uma solidão

Até parece uma coroa de prata,

Coração da mulata lá do meu sertão


Vem cá morena, sai na janela

Venha ver a lua como está tão bela



Marili, Marilu

Vem dançar o Cururu

Marilu, Marili

Vem dançar o Siriri


Vou tomar guaraná

Chupar caju, comer banana

Passear com você

Doce moreninha cuiabana


Veja mais sobre a Banda Strauss na sua página da Trama Virtual.

Conheça um pouquinho de Cuiabá - MT com a Renatinha!


O primeiro homem branco a pisar terras cuiabanas, a quem a história registrou, foi o bandeirante paulista Manoel de Campos Bicudo, no período de 1673 a 1680. Chegou à confluência do Rio Cuiabá com o Coxipó, batizando-o de São Gonçalo e seguiu adiante na tentativa de descobrir as célebres Minas dos Martírios.

Seu filho, Antonio Pires de Campos, em 1718, acampou no mesmo local, que rebatizou como São Gonçalo Velho, e guerreando com os índios coxiponés, aprisionou dezenas para vendê-los em São Paulo.

No fim desse mesmo ano Paschoal Moreira Cabral chega de novo a São Gonçalo para aprisionar índios, mas os seus bandeirantes terminam por encontrar ouro. Em 1719, em São Gonçalo Velho, a 8 de abril, Moreira Cabral lavra a ata de fundação de Cuiabá. Dois anos depois o arraial foi mudado para o Rio Coxipó acima, no local denominado Forquilha, e em outubro de 1722, com a descoberta das Lavras do Sutil, no córrego da Prainha, todo o arraial da Forquilha foi para ali transferido. Hoje, as Lavras do Sutil, se situam sob a Igreja do Rosário, em pleno centro da capital.

A 1º de janeiro de 1727, Cuiabá recebe foro de vila por determinação do Capital General de São Paulo, passando a se chamar Villa Real do Senhor Bom Jesus do Cuyabá. Em 17 de setembro de 1818, por Carta Régia de D. João VI, a vila do Cuiabá é elevada à categoria de cidade.

Muitas hipóteses já foram dadas, no correr dos tempos, sobre o significado do nome Cuiabá. Fazedor de cuia - gente caída - cuia que vai - índios Cuiabases - homem que faz farinha - índio do Pantanal - Pantanal mato-grossense - madeira líquida - lugar de pesca com arpão - cuia rodando - gente forte - índio das águas - nação das cuias - mulher corajosa.

Mas essas explicações vão muito mais pela lenda e tradição do que pela referência a registro histórico confiável.

Recentemente, apareceu uma nova teoria, bastante sólida e documentalmente bem instruída, baseada em uma carta do padre Jesuíta Agostinho Castañares a D. Rafael de la Moneda, Adelantado da Província do Paraguay, escrita em Assunção em 16 de setembro de 1741.

A esse padre fora dada a incumbência de efetuar certas diligências, pelo governador paraguaio, com a finalidade de constatar se as minas de Cuiabá e de Mato Grosso estavam ou não em território castelhano.

O padre Agostinho Castañares, em dado momento de sua informação, textualmente diz:

[...] Está fundada dicha ciudad, segun tengo entendido, al princípio del lago de los Jarayés, yendo de aqui de esta banda del rio en tierra confinante con la de la Assunción, sobre el Arroyo Cuyaverá, que segun el mapa entra del este en el rio Paraguay, y del arroyo tomaria la ciudad la denominación de Cuyabá.



Foto: Rio Cuiabá

Assim, provavelmente os índios Paiaguás, em suas atentas perambulações por todo o pantanal, observando essa interessante ocorrência, a quantidade de lontras e ariranhas que no Rio Cuiabá tinham o seu habitat natural, chamaram-no KYYAVERÄ ou Rio da Lontra Brilhante. Por corruptela de palavra, por aglutinação etimológica, virou CUYAVERÁ mencionado pelo Padre Agostinho Castañares em sua carta de 1741. E obviamente os bandeirantes pioneiros, ainda no século XVII, em suas incursões pela região das Vacarias, por corruptela etimológica, transformaram o rio CUIAVERÁ em CUIAVÁ, e por conseguinte, CUIABÁ, com que, no início do século XVIII, os bandeirantes batizaram o nome do arraial (...y del arroyo tomaria la ciudad la denominación Cuyabá...).


Foto: Rio Cuiabá, ponte Sérgio Mota que liga Cuiabá e Várzea Grande


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Características gerais

Cuiabá foi fundada no dia 08 de abril de 1719, sendo a Vila Real instalada a 1º de janeiro de 1727. Foi elevada à cidade no dia 17 de setembro de 1818 e declarada definitivamente capital no dia 28 de agosto de 1835.

A sua população, de acordo com dados preliminares do mês de agosto de 2000 do Censo do IBGE, era de cerca de 482.000 habitantes.

O clima de Cuiabá é caracteristicamente tropical úmido, mas apresenta quedas de temperatura no período entre maio e julho.

As mais altas temperaturas ocorrem entre os meses de agosto e outubro, sendo que neste último tem início o período chuvoso, que se prolonga até março. As festas tradicionais de Cuiabá são: Senhor Bom Jesus de Cuiabá, padroeiro da cidade, no dia primeiro de janeiro, Senhor Divino, na segunda quinzena de maio, Santo Antônio, São João e São Pedro, no mês de junho, São Benedito, no primeiro domingo de julho.

Os pratos típicos dão destaque aos peixes da região, notadamente o pacu, o pintado, a piraputanga, o bagre e outros mais, que podem ser oferecidos tanto frito como ensopado. A carne de gado também é fartamente usada, como churrasco ou em forma de carne seca com arroz, que é o tradicional prato conhecido como “Maria Izabel”. A banana da terra se notabilizou como farofa, mas a banana tem o seu lugar na preferência regional.

Também são tradicionais bolos de queijo, de arroz, de mandioca e o francisquito. Os doces cuiabanos são famosos, com destaque para o furrundu, feito com mamão, rapadura e coco, e o caju em calda e o caju cristalizado. Entre as bebidas típicas, são apreciados os licores de piquí, de leite, de figo, de lima e de banana, não podendo ser esquecido o salutar guaraná ralado e suas diversas qualidades medicinais.



(Hummmm...)



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Folclore DANÇAS TÍPICAS

Principais Danças, Ritmos e Folguedos


RASQUEADO:
A musicalidade mato-grossense utiliza-se de instrumentos artesanais típicos da Região, como viola de cocho, mocho e ganzá. No século 19, após a Guerra da Tríplice Aliança, com a chegada de imigrantes da Região platina, foram introduzidos instrumentos como violão, piano, violino e flauta, até Então restritos à elite local. Da união dos imigrantes com os ribeirinhos surge o rasqueado, um ritmo genuinamente mato-grossense, também conhecido como "limpa banco".




SIRIRI:
Um dos folguedos mais populares e antigos do Estado, o siriri é dançado por homens, mulheres e crianças. Possui uma coreografia em roda ou fileiras formada por pares que se movimentam ao som da viola de cocho, mocho e ganzá.

CURURU:
A assim como o siriri, o cururu é uma das mais fortes expressões culturais da nossa Gente. Executado especialmente por homens, que dançam e cantam em louvor aos santos de Devoção, citando passagens da Bíblia, saudando pessoas da comunidade ou fazendo referência aos acontecimentos políticos.



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Principais pontos turísticos

Foto: Tirada do mirante do Parque Mãe Bonifácia, ao fundo paredões da Chapada dos Guimarães.


PALÁCIO DA INSTRUÇÃO

Localizado no centro de Cuiabá, possui o Museu Histórico que retrata Mato Grosso do período colonial à República e Museu de História Natural e Antropologia, com exposição de pesquisas técnico-científicas ligadas ao Centro de Zoologia, Botânica, Antropologia e Paleontologia do Estado. Abriga também o Museu de Arte Sacra e pode ser fechado para restauração entre 2003 e 2004. Praça da República, 151, Centro, Cuiabá.


MUSEU DO RIO



Ao visitar este museu o turista vai conhecer a história do rio Cuiabá. Dispõe de programação cultural e proporciona visita ao Aquário Municipal que fica ao lado. Constituído de várias salas oferece exposições de fotos e de artesanato local. Aberto de ter. a dom. das 9h às 18h, entrada franca. Av. Beira Rio s/nº, Porto, (65) 623-1440.


SESC ARSENAL


Criado com o nome de trem de guerra, foi construído em 1819 e restaurado em 1992/1993 pelo Serviço Social do Comércio - SESC, tornando-se um centro cultural. Atualmente, é ponto de encontro de intelectuais e oferece programação cultural, salas para apresentação de peças de teatro, concerto e outras atividades. Tem ainda um bar que funciona de terça a domingo. Rua 13 de Junho, s/nº, Porto, (65) 3616-6900.


CASA CUIABANA

Casa de construção colonial em taipa e adobe sobre alicerces em pedra canga. É um dos mais expressivos exemplares arquitetônicos de Cuiabá do Século XVIII. É hoje utilizada para difusão cultural, com teatro de arena e exposições constantes de artes e artesanato.


MUSEU DO ÍNDIO (RONDON)

Criado em 1972 pela UFMT, com a função de pesquisar grupos indígenas de MT. Mantém exposição de artesanato, armas e ornamentos indígenas. Aberto de seg à sex 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30, sáb, 7h30 às 11h30, entrada franca. Campus da UFMT - Parque Aquático, (65)3 615-8489.


PARQUE MÃE BONIFÁCIA



Antiga sede de treinamento do exército, tem destaque na paisagem urbana com 77 ha de área verde, espécies nativas da fauna e flora do cerrado, áreas recreativas e de esportes. Av. Miguel Sutil.


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Cuiabanês (Dialeto cuiabano)

Ansi: Assim.
Apurado: Nervoso, preocupado.
Arrodiar: Rodear.
Aúfa: muito e/ou bastante. Já trabalhei aúfa!
Chinchar: Puxar. Sossega, criança, larga de chinchar meu cabelo.
Chuçar: Furar, espetar.
Cordeiro: Pessoa que gosta de contar vantagem, ser metida. "Só porque ganhou uma bicicleta vai ficar todo cordeiro."
De um tudo: De tudo. Já fiz de um tudo, chia lá.
Demais de: Acompanhado de substantivo e/ou adjetivo, forma ou aumentativo e/ou superlativo respectivamente.
Demais de povo: Muita gente.
Demais de quente: Quentíssimo.
Dona menina: Expressão de tratamento usada para referir-se à pessoa com quem se fala, sem dizer o nome próprio.
Duro: forte. O adjetivo forte é usado como advérbio. Desceu o rio, piloteando duro. Bate duro, se não a porta abre?.
É ah!: Expressão indicativa de espanto, admiração.
É bem aí assim: É logo ali; é perto.
Esse um: Esse.
Fofar: Fartar-se, encher. Usado na expressão Até fofar. Equivalente a demasiado Comeu até fofar. Guri: Menino.
Guria: Menina.
Gurizada: Meninada.
Incutido: Empenhado, disposto, "coisa que não sai da cabeça".
Influído: Concorrido. Teve festa demais de influído.
Sem graceira: chateação, falta de sossego, inquietação - "Larga de sem graceira criança!"
Variado: Nervoso, agitado, louco.
Vixe!: Puxa! Expressão indicativa de espanto.
Vôte!: Expressão indicativa de espanto, repulsa. (Nota: a entonação da voz é que determina o significado).


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Foto: Visão noturna Avenida do CPA



Fonte: http://www.agendacentrooeste.com.br/erc.php




Este é um pouquinho da nossa cultura regional...

Espero que gostem!!!

Beijos








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