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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Piranhas atacam banhistas em praias e baias de Cáceres



Sinézio Alcântara
de Cáceres



Banhar nas águas do rio Paraguai, nesta época do ano, pode tornar-se uma aventura agradável quanto perigosa. Nos últimos 10 dias, mais de 50 pessoas foram vítimas de ataques de piranha, nas praias e baias em Cáceres. Em alguns balneários e pousadas, os proprietários estão colocando telas de arame dentro do rio, em uma determinada distância da margem, para proteger os banhistas. Em clubes beira-rio, os diretores colocam placas de sinalização, alertando sobre o perigo. Os cardumes infestam também as baias próximas as fazendas na região do pantanal.

No SESI e Iate, clubes localizados no perímetro urbano da cidade, próximo a margem do rio, foram registrados, em menos de uma semana, mais de 15 ataques. Em um dos casos, uma garota de 13 anos, teve um dos dedos do pé, parcialmente, arrancado por uma mordida. “Foi como uma ferroada. Doeu e sangrou muito” disse. Em outro, um banhista atacado teve várias mordidas, na região da panturrilha. “Elas (piranhas) estão cada vez mais vorazes. Mas, somos nós que estamos invadindo seu habitat”, minimizou.

A orientação é para evitar entrar na água. E, em caso de ataque, sair imediatamente, para não deixar que o sangue espalhe e atraia maior número de piranhas no local para não colocar em risco outras pessoas.

“Em todos os anos, neste período, são registrados ataques de piranhas, mas neste, têm ocorrido com maior freqüência”, admitiu Lucides Ortega, presidente do SESI Clube. Embora seja instalado a poucos metros da baia do Malheiros, a direção do SESI implantou vários chuveiros, na área do clube, para tentar evitar que os freqüentadores entrem na água da baia. “Foi a forma encontrada para não parar o clube e tampouco colocar os nossos freqüentadores em risco”, observou Ortega.

Relatos mais surpreendentes, no entanto, chegam da região do pantanal. O peão de boiadeiro Manoel de Campos, conhecido por “Mané Siri” diz que as baias que não secaram com o longo período de estiagem estão infestadas de piranha. E, os animais (bois e cavalos) que arriscam entrar na água para saciar a sede sofrem com as mordidas das piranhas. “O perigo está em todo lugar. No seco corremos o risco de um ataque de onças pintadas que se multiplicam na região e na água enfrentamos as piranhas cada vez mais famintas”, reclama.

Nas praias e baias de Cáceres, especificamente, os cardumes são de espécies consideradas pequenas, de no máximo 20 centímetros. Especialistas ainda não manifestaram sobre o fenômeno. Curiosos, entretanto, atribuem os ataques ao período de desova. “Nesse período quando elas estão desovando, geralmente, ficam mais famintas e agressivas”, afirmou o pescador João Leopoldo Alves.

Fonte: 24 horas news

PIRANHAS: DENTES ATERRORIZANTES DOS RIOS

Com o corpo chato em forma de disco costuram alguns rios e lagos, com movimentos rápidos e na maioria das vezes em grupo. A cabeça achatada frontalmente, boca rasgada para região posterior da cabeça e semi aberta deixando amostra dentes triangulares, laminares e aguçados, próprios para cortar e dilacerar. O dois orifícios para respiração e os olhos grandes localizados lateralmente na face, aumentam ainda mais a expressão fria e aterrorizadora (Fig. 1 e 2).

Fig.1 – Observar o posicionamento, o relacionamento dos dentes e o conjunto das estruturas faciais resultando realmente em uma fisionomia agressiva.

Fig. 2 – Vista lateral onde pode ser observada a perfeita distribuição dos dentes que funcionam como uma verdadeira tesoura afiada.

Muitas vezes, por habitar águas de aparência calma e conviver em cardume (algumas espécies), torna-a traiçoeira e fatal. Provavelmente, nenhum outro animal nos rios mete mais medo que a PIRANHA. Tornou-se bem conhecida e muito temida no interior do Brasil desde a época das Entradas e Bandeiras, devido sua voracidade. O simples cheiro de sangue e/ou movimentos imprevistos na água faz com que as piranhas se reunam em dezenas. Nos rios habitados por piranhas, é prudente tomar cuidado, ao lavar carcaças, couro ou quaisquer animais sangrando, pois freqüentemente, elas agridem mãos, pés ou lábios, de pessoas ou animais que ali vão apanhar água ou bebe-la. Costumam permanecer nestes locais longos espaços de tempo, dispersando-se posteriormente quando voltam ao seu comportamento normal (Fig.3).

Fig. 3 – Evidenciando a reunião e alvoroço de piranhas após o lançamento de um peixe ferido de grande porte dentro do rio.

O temor em relação ao ataque de piranhas deve ser analisado com critério, pois este normalmente está alicerçado numa soma de lendas, relatos fantásticos de homens que vivem em regiões habitadas por elas, leituras mal interpretadas de livros de aventura e em filmes cinematográficos aonde elas chegam até voar para atacar suas vítimas.

As piranhas são peixes predadores por isto se alimentam de quaisquer outros animais, sua dieta usualmente consiste de pequenos peixes, pássaros e animais que por ventura caiam dentro d'água onde elas habitam. Mas não podem ser conceituadas como "devoradoras de homens". Sim, elas são carnívoras, mas o homem não faz parte de sua cadeia alimentar. As piranhas são antes de tudo umas comedoras de peixes e outros animais aquáticos.

A maioria dos acidentes com as piranhas acontecem quando os dois, peixe e pescador estão fora d'água. Tirar um anzol da boca de uma piranha não é tarefa difícil, mas deve ser feita com cuidado, pois ao menor descuido, seus dentes provarão que são afiados como navalha (Fig 4). A sugestão é primeiramente matá-la e/ou remover cuidadosamente o anzol com alicates (Fig. 5). Após isso, o peixe deve ser colocado em local protegido, de preferência dentro do viveiro do barco. É relatado acidente durante uma pescaria muito movimentada, onde os peixes fisgados eram jogados em qualquer local do barco, ficando espalhados sobre o estrado da embarcação. Em determinado momento, um dos pescadores, descalço, levantou-se e foi ao outro extremo da embarcação. No trajeto, pisou próxima a boca de uma piranha ainda viva. Como resultado, teve seu dedo menor praticamente amputado na hora.

Fig. 4 – Acidente com ferimento da mão provocado por mordida de piranha.

Fig. 5 – Observar a fixação firme da cabeça da piranha com uma das mãos e a outra manipulando uma pinça para remoção do anzol.

Outro acidente comum é na hora de limpá-las, se não estiverem realmente mortas, é inevitável o acidente, esta observação deve ser feita com muito detalhe porque elas sobrevevivem muito tempo fora d'água, e pode estar sendo passada como morta. E por falar desta capacidade que a piranha tem de sobreviver fora d'água por longo período de tempo. Lembro-me o primeiro contato que tive com uma destas, foi em meados dos anos 70, numa pescaria em forma de caravana com grandes e verdadeiros amigos (Os Bozolas: Sô César, Paulo Capelão e Paulinho "PC"; Adalberto “Bertuin”; Osvaldo Sérvulo; Gilberto Motta; Celso Sapia “jaburu”; João Alberto “Janjão”, Adalberto “Betinho”, Luiz Henrique “Bolo'', Carlos Tavano; os irmãos violeiros Osvaldo e Reinaldo Nogueira...)”. Foi lá pelas bandas de Goiás, especificamente no Rio do Peixe (afluente do Rio Araguaia), naquela época o rio era pouco explorado. De beleza única, com lindas praias recobertas por um manto alvo de areia que fazia contraste espetacular com o verde das vegetações que acompanham as margens do rio e a inesquecível presença das aves coloridas e animais donos do lugar. Para o pincel de um sensível pintor (saudoso Veiga), toda aquela paisagem, com certeza, seria motivo para um extraordinário quadro. Bem, após o levantamento do acampamento, alguns companheiros, logo prepararam suas tralhas e saíram de barco, em algumas horas estavam de volta, todos animados com vários tucunarés, pacus e junto uma piranha que foi jogada na praia. Tempos depois andando pela praia a observar a beleza natural do local, deparei com aquela piranha abandonada que parecia morta. A curiosidade de examinar seus dentes fez com que eu agachasse e sacando a faca da bainha (pura sorte) coloquei-a entre as arcadas dentárias, para minha surpresa a “safadinha” ainda estava viva e parecendo ajuntar suas últimas forças, com um movimento rápido e enérgico trincou os dentes, senti na lamina sua força e o estrago que poderia provocar em algum tecido mole do corpo humano.

Outra condição que elas apresentam real perigo é quando na época das chuvas, acontece nos rios da Bacia Amazônica ou em rios do Pantanal o fenômeno da vazante em que as águas chegam invadir quilômetros de terra de suas margens. Com o passar desta época e o rio voltando ao seu leito normal, presenciamos a formação de centenas de lagoas e pequenos lagos sazonais, onde ficam aprisionados grandes espécies de peixes inclusive as piranhas, que com o decorrer do tempo as águas destes lagos vão ficando escassas e a disputa de espaço e alimento torna-se questão de sobrevivência. Então nestas condições realmente as piranhas ficam demasiadamente agressivas e ferozes, fazendo até jus a fama que lhes tem sido atribuída.

Isso tudo o que você leu sobre esses peixes carnívoros veio do excelente site "Saúde Animal", onde você encontra muito mais informações sobre Piranhas e muitos outros animais.
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