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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ginásio Aecim Tocantins e Copa América de Vôlei 2008














O Ginásio Aecim Tocantins foi inaugurado em 31/05/2007 com capacidade para 11 mil espectadores e com todas as exigências e normas internacionais instaladas. É o terceiro maior Ginásio do País perdendo apenas para o Mineirinho e o Maracanazinho.

É nele que acontece até domingo a sétima edição da Copa América de Vôlei.

TABELA

GRUPO A: ESTADOS UNIDOS - CUBA - ARGENTINA

GRUPO B: BRASIL – VENEZUELA – MÉXICO

PROGRAMAÇÃO

Fase Preliminar

24/09 – GINÁSIO AECIM TOCANTINS

17 horas (18h de Brasília) – ESTADOS UNIDOS X CUBA

20 horas (21h de Brasília)- BRASIL X MÉXICO - SPORTV

25/09 – GINÁSIO AECIM TOCANTINS

17 horas (18h de Brasília) - ESTADOS UNIDOS x ARGENTINA

20 horas (21h de Brasília)- BRASIL X VENEZUELA - SPORTV

26/09 – GINÁSIO AECIM TOCANTINS

17 horas (18h de Brasília)- CUBA x ARGENTINA

20 horas (21h de Brasília)- VENEZUELA X MÉXICO

27/09 – GINÁSIO AECIM TOCANTINS

15 horas (16h de Brasília)- SEMIFINAL 1

18 horas (19h de Brasília)- SEMIFINAL 2 - SPORTV

21 horas (22h de Brasília)- DISPUTA DE 5º LUGAR

28/09 – GINÁSIO AECIM TOCANTINS

8h30 (9h30 de Brasília)- DISPUTA DE 3º LUGAR

11h30 (12h30 de Brasília)- FINAL - SPORTV


Torcida Brasileira durante o jogo Brasil x Venezuela, em que o Brasil saiu vitorioso.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

60 anos de emancipação de "Barra do Garças", a cidade do "Aeroporto para Discos Voadores"


Barra do Garças
, a cidade do "Discoporto", situada a 509 km de Cuiabá, completa hoje 60 anos de sua emancipação política.


Foto: Edevilson Arneiro
Encontro dos rios Araguaia e Garças, em época de cheias (ao fundo a Serra Azul)


Foto: Genito Santos
Cachoeira da Usina, no Parque Estadual da Serra Azul,
localizada a 4 km do centro de Barra do Garças


Segundo a Wikipedia, quanto ao turismo, Barra do Garças é privilegiada. Praias paradisíacas em junho, julho e agosto, quando no resto do Brasil é pleno inverno; águas termais como em Caldas Novas; turismo místico como em Alto Paraíso.

A Serra do Roncador, é meca do turismo místico. Consta que foi procurando pela Civilização perdida de Atlântida, que o Coronel Fawcett, desapareceu misteriosamente. Consta que os povos atlantis não só existem, mas possuem cidades subterrâneas cuja entrada fica nas cercanias da Serra do Roncador.

Também com a intenção de movimentar o turismo, na década de 90 já houve um projeto municipal de construir um "Aeroporto para discos voadores" na cidade. Veja mais sobre o "Discoporto" de Barra AQUI e AQUI.

Colonização da cidade iniciou nas margens dos rios
Da Redação da Gazeta Digital


O nome da cidade se deve ao fato de sua colonização ter se iniciado nas margens dos rios Garças, confluência com o Araguaia. Barra do Garças pertencia ao município de Araguaiana. Foi elevada à categoria de município em 15 de setembro de 1948, sendo o maior município do mundo com 285 mil quilômetros quadrados. Aos poucos, parte dessa área foi se tornando outros municípios da região, reduzindo a área ao tamanho atual (9.171 km2).

A população da cidade foi formada por imigrantes goianos, paraenses, mineiros, maranhenses e baianos, no ciclo do garimpo de diamantes. Atualmente vivem lá mais de 60 mil pessoas. Entre elas, muitos místicos que visitaram o local e fundaram comunidades esotéricas. De vez em quando essas comunidades organizam cerimônias para entrar em contato com os seres extraterrestres que, dizem, visitar a região.

O produtor de um programa de esportes radicais da cidade, Genito Santos, explica que as histórias místicas começaram com o mistério do sumiço do coronel Percy Harrison Fawcett (1867-1925), um famoso arqueólogo e explorador britânico que desapareceu ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida na Serra do Roncador, localizada naquela região.

A história até hoje é motivo de mistério, o que tem atraído a atenção de Holywood. A saga de Indiana Jones é baseada em relatos de Fawcett e o ator Brad Pitt cogita filmar na região baseado no diário do coronel, de quem fará o papel. A lenda que Fawcett se tornou é tão forte que há um homem que vive há anos ao pé da serra do Roncador, conhecido como Maurinho da Serra. Lá ele espera encontrar indícios do paradeiro do coronel.

Há também a história dos seres intra-terrestres. Conforme Genito, há lendas sobre pessoas que viram de "homens-morcegos" que viveriam em cavernas debaixo da terra. Não há nenhum relato contundente sobre o assunto. (AN)

Natureza é Exuberante

Barra do Garças transpira natureza. Mas, sem dúvida, uma das grandes atrações ambientais da localidade é o Parque Estadual da Serra Azul. Criado em 31 de maio de 1994, pela lei n°. 6.439, sua área é de pouco mais de 11 mil hectares. Antes do parque os índios bororós utilizavam o local para sua subsistência e o denominavam Kieguereirial que significa "morro, lugar dos pássaros" devido a grande diversidade de aves que ali habitam. A fauna e a flora são exuberantes e convivem harmoniosamente com cachoeiras, fendas e cavernas, sítios paleontológicos e arqueológicos, trilhas e bosques nativos.

Para cuidar de tudo isso o parque conta com uma gestão participativa entre Estado e sociedade. Isso dá ao local a proteção do envolvimento da comunidade, que ajuda o Estado a decidir o que é bom para a gestão da área.

Na área há também: um complexo de 14 cachoeiras; o marco do centro geodésico do Brasil; o local do futuro discoporto; a caverna dos Pezinhos - com inscrições pré-históricas - e o Mirante do Cristo. Desse ponto é possível ver o encontro dos rios Garças e Araguaia, cujas águas não se misturam.

Rio histórico - O Araguaia desempenhou um papel de destaque na história da cidade: serviu de entrada para os pioneiros, de palco para os garimpeiros e de cenário para a Guerrilha do Araguaia. Hoje é uma das maiores atrações da cidade, atendendo aos amantes dos esportes náuticos e da pesca onde apresenta peixes típicos da bacia Amazônica.(AN)

Visite também o site oficial da Prefeitura Municipal.

Assista ao vídeo "Barra do Garças Radical":



Parabéns, Barra do Garças!


domingo, 7 de setembro de 2008

7 de Setembro: Dia da Independência. Será?

Independente ou não, fica aqui a homenagem deste blog a esta data, com um vídeo que mostra o Hino Nacional em vários ritmos, incluindo a "Viola de Cocho", instrumento tradicional da cultura mato-grossense:




sábado, 6 de setembro de 2008

Cururu e siriri: o resgate de duas tradições que colorem Mato Grosso


LUNA KALIL
Enviada especial a Cuiabá (MT)*

Duas manifestações folclóricas típicas da região pantaneira poderiam ter sido extintas se não fosse a dedicação de gerações em passar para frente os versos, passos e seqüências que fazem parte da cultura popular de Mato Grosso. Tradições seculares de origem indígena, mais populares nas zonas rurais e ribeirinhas, o cururu e o siriri não foram registrados em livros, nem em museus. Eles foram passados de geração para geração, de pai para filho, e devem sua sobrevivência à tradição oral. Até hoje, há pouca bibliografia sobre o assunto e os estudos que existem se baseiam normalmente nos relatos e na memória de alguns personagens que, aos 50, 60, 70, 80 e quase 90 anos de idade, contribuem para manter a tradição viva.

Assim como as escolas de samba no Carnaval, os grupos de siriri ensaiam o ano inteiro para, em agosto, mês do folclore mato-grossense, se apresentarem no festival em Cuiabá. Nos meses que antecedem o evento, eles se reúnem de duas a três vezes por semana para o treino.

Durante o festival, são 30 minutos de apresentação para cada grupo, mas que parecem durar uma eternidade. Dos dois lados do palco, os músicos tocam em uma pequena plataforma, dando força à coreografia. Os mais velhos, com lágrimas nos olhos, se orgulham da tradição pantaneira. Os mais novos, que antes tinham vergonha de dançar, mantêm o sorriso no rosto durante quase todo o espetáculo. Na arquibancada, crianças e adolescentes acompanham os passos ao ritmo dos grupos agitando a estrutura de metal. No siriri, ganham vida e interagem nas coreografias elementos de outras culturas, como o bumba-meu-boi e animais como o pássaro tuiuiú e a cobra sucuri.

A mulher que não deixou o siriri morrer

"Você está muito Parintins com esse cinto", diz com humor a turismóloga Ligiane Dauzacker para Dona Domingas, apontando para o cinturão de penduricalhos indígenas que a fundadora do primeiro grupo de siriri de Cuiabá carregava ao redor de seu corpo. Ligiane se referia à tradição folclórica amazonense, que tem alguns elementos semelhantes ao cururu e siriri de Mato Grosso. Dona Domingas caminhava em direção à porta da sala de imprensa, logo após ter dado uma entrevista para os jornalistas de São Paulo e do Rio, levados pela primeira vez para assistir ao festival em Cuiabá.

Dona Domingas é Domingas Eleonor da Silva, uma das lendas vivas da dança popular mato-grossense. "Eu sou uma das mães do siriri", se autodefine a cuiabana de 53 anos, que "há 47 " ajuda a resgatar a o folclore da região. Nascida na comunidade ribeirinha de São Gonçalo Beira Rio, região onde surgiu a cidade de Cuiabá, foi a primeira mulher de Mato Grosso a tocar o tamborim e ganhou fama por enfrentar de igual para igual cururueiros em roda.

Alfa Canhetti/Divulgação
Apresentação do grupo Flor Ribeirinha, um dos mais tradicionais de Cuiabá, na 7ª edição do Festival Cururu Siriri

VEJA MAIS FOTOS DE CURURU E SIRIRI

Hoje preside a Federação das Associações dos Grupos de Cururu e Siriri do Estado de Mato Grosso, que, recentemente, ganhou até uma sala dentro da Secretaria Municipal de Cultura de Cuiabá. "Enquanto eu for a presidente das associações, o festival será gratuito, para dar oportunidade para quem quiser ver."

A cuiabana, que fundou há 17 anos o grupo Flor Ribeirinha, um dos mais conhecidos na capital mato-grossense, diz ter no sangue a tradição indígena da dança e da música.

Siriri e cururu

'Brincar de dançar o siriri' é uma prática também encontrada no Nordeste e em outros Estados brasileiros. Em Mato Grosso, ele é dançado por crianças, homens e mulheres em rodas ou fileiras formadas por pares, que acompanham toadas cujos temas mudam de verso para verso e cujas composições exaltam santos, cidades, a natureza e até pessoas. Tocado em festas e reuniões, a origem do nome siriri é obscura e alguns acreditam ter esse nome em referência a um bicho homônimo.

Na dança, as meninas e mulheres mexem as longas e coloridas saias (com estampas florais) e batem os pés descalços no chão, um ritual que serve para tirar o mau espírito, que, segundo Dona Domingas, é mantido para não desapontar a tradição indígena; os homens e meninos acompanham a toada e os passos com palmas e pisadas fortes. "Eles usam sapatos porque fazem uma espécie de sapateado", explica. Os grupos de siriri têm diferenças entre si: há alguns mais lentos e outros têm batidas distintas na viola de cocho. "As diferenças valorizam a tradição. Por isso, devemos manter cada grupo do jeito que eles são."

"O cururu é pra cantá;
o cururu é pra dançá,
e agora vamos falá;
da linda Cuiabá"
(estrofe da composição "Avoa, Avoa Tuiuiú")

Veja vídeo sobre o Festival Cururu Siriri 2008:


O cururu é um ritmo tocado somente por homens que se vestem elegantemente, com improvisações e repentes elaborados na hora. Alguns versos são feitos de improviso, outros já estão na memória do povo. Segundo contam os "mestres", no passado, os versos eram feitos, entre outras coisas, para conquistar mulheres. O ritmo se apresenta em roda e, ainda hoje, mantém a característica de desafio, em letras que exaltam as belezas naturais da região, como a Chapada dos Guimarães e a fauna do Pantanal, e temas religiosos.

A viola de cocho, elemento essencial

Típica da região pantaneira, a viola de cocho é um dos instrumentos-base do cururu e do siriri. Mesmo com poucas notas, é um elemento fundamental para o ritmo. Esculpidas em madeira inteiriça de vários tipos, são feitas artesanalmente e levam cerca de oito dias para ficar prontas. Geralmente, medem 70 cm de comprimento e 25 de largura. São cinco cordas, confeccionadas de vários tipos de materiais, entre eles, a fibra vegetal e a linha de pesca.

Além da viola, o cururu e o siriri também são acompanhados pelo ganzá, conhecido como reco-reco, e pelo mocho ou tamboril, espécie de banco de madeira com assento feito de couro cru, instrumento que não pode parar de ser tocado durante a apresentação, já que sua batida é essencial para os ritmos. Para fazer cururu são necessários pelo menos dois cantadores, um tocando viola de cocho e outro ganzá.

Um dos produtores do instrumento mais requisitados do Estado é Alcides Ribeiro, filho de um dos cururueiros mais antigos de Cuiabá, Caetano Ribeiro dos Santos, conhecido por Seo Caetano, de 83 anos. Manoel Severino de Morais, 79, outro mestre do cururu, também ajuda na produção caseira do instrumento, que pode custar até R$ 480. Em Mato Grosso, há mais de 50 artesãos que produzem a viola de cocho.

Artesão mostra como produz a viola de cocho; veja:


O festival que acontece em agosto

Há sete anos, a festa elaborada para celebrar manifestações culturais típicas reúne grupos de todo o Estado e resgata a origem das culturas da região pantaneira. "Um povo sem cultura não existe", diz Dona Domingas.

O festival, que este ano aconteceu de 28 a 31 de agosto, é uma espécie de Carnaval típico e exclusivo de Mato Grosso. Logo após o término do evento, figurinistas, maquiadores, coreógrafos e professores talentosos já começam a trabalhar na preparação do ano seguinte, em que são escolhidas novas toadas, assim como os sambas-enredos do Carnaval, e são preparadas as novas coreografias. Os santos homenageados costumam acompanhar os grupos dentro e fora dos palcos e figuram entre os elementos cruciais das apresentações.

Segundo Dona Domingas, a parte religiosa serve para estimular o grupo. "Sem ela, a dança perde a força." Em 2008, o grupo Flor Ribeirinha homenageou a Nossa Senhora do Pantanal.

Festival Cururu Siriri de Cuiabá
Quando: em agosto
Onde: na praça Cururu Siriri, na região do porto, em Cuiabá (MT)
Quanto: entrada franca
Mais informações: www.festivalcururusiriri.com.br

* A jornalista LUNA KALIL viajou a convite da organização do festival

Fonte: UOL Viagem

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pantanal concorre à votação das "7 Maravilhas Naturais da Terra"

Via: só notícias mas, que eu vi no Cuiabá News, do meu amigo Maninho! E fotos daqui.



O Pantanal, representado pelo Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense, está concorrendo ao título de uma das 7 maravilhas naturais da terra. O concurso, de caráter internacional, é promovido pela entidade New7Wonders, a mesma que realizou a eleição das novas maravilhas monumentais do planeta, com a eleição do Cristo Redentor (RJ). Agora, a escolha é das sete maravilhas da natureza.

Para falar sobre o concurso e buscar o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) para a campanha de escolha do Pantanal, o chefe do Parque Nacional, José Augusto Ferraz de Lima visitou nesta segunda feira, a coordenadora de Ecossistemas, da Superintendência de Biodiversidade da Sema, Gabriela Priante.

Além do Pantanal, do Brasil também concorrem os Lençóis Maranhenses, a Floresta Amazônica, o arquipélago de Fernando de Noronha, o Monte Roraima, o Parque Nacional do Iguaçu e o morro do Pão de Açúcar. A votação se encerra no dia 31/12 deste ano. As 21 maravilhas da natureza mais votadas nessa primeira etapa concorrem, numa segunda etapa, para escolha das sete maravilhas naturais.

O Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense, que na votação representa o Pantanal Mato-grossense, situa-se a montante da confluência dos rios Paraguai e Cuiabá, os dois principais formadores do Pantanal. Na planície fluviolacustre onde está situado, formada por lagoas de dimensões diversas, estão as de Uberaba e Gaíva, localizadas na faixa de fronteira Brasil/Bolívia e tem como um de seus limites o Rio Paraguai.

Conectado a áreas protegidas fronteiriças, o Parque Nacional estabelece ligação com a Área Natural de Manejo Integrado San Matias localizada em território boliviano, através das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Acurizal e Penha, as quais se situam na fronteira brasileira, e que, juntamente com o Parque Nacional do Pantanal e o Parque Estadual do Guirá, formam um importante mosaico de áreas protegidas.


Unidade de Conservação, de proteção integral, o Parque Nacional abriga uma amostra significativa do ecossistema pantaneiro, e devido a sua beleza cênica e alto grau de conservação, foi reconhecido como Patrimônio Natural Mundial – Patrimônio da Humanidade, representando o Brasil na Convenção Internacional de Áreas Úmidas.

Com uma área de 135 mil hectares e perímetro de 260 km, o Parque Nacional engloba os municípios de Poconé e Cáceres, no Estado de Mato Grosso, e Corumbá, no Estado de Mato Grosso do Sul sendo uma das poucas Unidades de Conservação do Brasil que tem regulação fundiária, conselho gestor e plano de manejo, oficialmente aprovados.

Criado por meio do Decreto nº 86.392, de 24 de setembro de 1981, tem como objetivo proteger e preservar amostras de ecossistemas pantaneiros, bem como sua biodiversidade, mantendo o equilíbrio dinâmico e a integridade ecológica dos ambientes contidos no Parque.

Já a região do Pantanal – onde está localizado o Parque Nacional -, ocupa uma área de aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados, formando a maior planície inundável do planeta, abrangendo os países Bolívia, Paraguai e Brasil, onde está situada 70% de toda a região pantaneira.

No Brasil, o Pantanal ocupa uma área de 138.000 km², abrangendo grande parte dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.

Entre os títulos que ostenta está o de Reserva da Biosfera Mundial, título concedido ao Pantanal Matogrossense pela Conferência da Organização das Nações Unidas para a Ciência e a Cultura (Unesco), em 9 de novembro de 2000; o de Patrimônio da Humanidade, reconhecimento dado ao Pantanal, também pela Unesco, em 29 de novembro de 2000, através do Parque Nacional do Pantanal, juntamente com as Reservas Particulares (RPPN) da Fundação Ecotrópica; e o de Sítio Ramsar, nome recebido pelo Parque Nacional em 24 de maio de 1993, pelo fato de conter uma das maiores concentrações de fauna do neotrópico, abrigando várias espécies de mamíferos, aves, répteis e peixes, ameaçados de extinção.

Recentemente também foi reconhecido o mesmo título ao SESC Pantanal, em Poconé.

Para o chefe do Parque Nacional, José Augusto Ferraz de Lima, devido a sua localização privilegiada e a grande reputação nacional e internacional da unidade, o Parque Nacional é o representante ideal do Pantanal. “A unidade é uma Instituição Federal de grande importância para promover ações integradas voltadas à proteção da biodiversidade na maior planície alagada de águas continentais do planeta”, explicou.

A votação vai até 31/12 e assim que estiver disponível para ser votado, coloco aqui o link para que todos que quiserem possam votar.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Tabebuia heptaphylla (Ipê Roxo)



iperoxo4.jpg


Tabebuia heptaphylla, popularmente conhecida como ipê-roxo, é uma das espécies que vêm sendo estudadas por ser de alto valor econômico, considerando-se as finalidades de sua madeira e extrativos foliares, e pela diminuição preocupante do número de indivíduos que ainda são encontrados em áreas de ocorrência natural (ETTORI, 1996).


Taxonomia


Família: Bignoniaceae

Espécie: Tabebuia heptaphylla (Vellozo) Toledo

Sinonímia botânica: Tabebuia avellanedae var paulensis Toledo
Tabebuia ipê Martius ex. K. Schumann Standley
Tecoma heptaphylla (Vellozo) Toledo
Tecoma ipe Martius ex K. Schumann

Outros nomes (vulgares): cabroé, graraíba, ipê (RJ,SC), ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto (RJ,RS), ipê-rosa (MG), ipê-roxo-anão (SP), ipê-uva, pau-d’arco (BA), pau-d’arco-rosa (BA), pau-d’arco-roxo (BA,MG) peúva (MS) e piuva (MS,MT). Na Argentina, lapacho e no Paraguai, lapacho negro.


Morfologia


Árvore de até 30 m de altura, podendo atingir 90 cm de diâmetro.

Os ramos dicotômicos, tortuosos e grossos formam uma copa moderadamente ampla e globosa. O tronco, mais ou menos reto e cilíndrico, possui casca pouco espessa e escura, fissurada longitudinalmente e descorticante em placas grandes. A casca apresenta coloração pardo-cinzenta.

As raízes são vigorosas e profundas.

As folhas, de coloração verde-escura, são opostas, decícuas, compostas, digitadas, longamente pecioladas e com os bordos serrilhados. Cada folha é composta por 5 a 7 folíolos, glabros, com ápice agudo.

A flor, roxo-violácea, é pouco pilosa. São muito abundantes, nascendo nos ramos ainda sem folhas, com lenho adulto. O cálice é pequeno, campanulado e a corola campanulada-afunilada.

O fruto, seco e deiscente, é linear ou sinuoso, estriado, muito longo, podendo atingir até mais de 50 cm, de coloração preta. As cápsulas são bivalvares do tipo síliqua, semelhante a uma vagem estreita e comprida, atenuada pra dentro.

As sementes aparecem em grande quantidade e são grandes e aladas. Medem de 2,5 a 3 cm de comprimento e cerca de 6 a 7 mm de largura. São acastanhadas e membranáceas mais ou menos brilahntes. (LONGHI, 1995).


Reprodução


No período que antecede a floração, as folhas caem e surgem no ápice dos ramos magníficas panículas com numerosas flores tubulosas, de coloração rósea ou roxa, perfumadas e atrativas para abelhas e pássaros.

A floração ocorre de junho a setembro e os frutos amadurecem de julho a novembro, sendo que em plantio a frutificação inicia entre 5 e 7 anos.


Ocorrência Natural


Ocorre naturalmente no sul e oeste da Bahia, no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e no nordeste da Argentina, sul da Bolívia, leste do Paraguai e Uruguai (CARVALHO, 1994). Compreende a latitude de 13ºS (BA) a 30ºS (RS).

Segundo RIZZINI (1971), a espécie ocorre da Bahia à Guanabara, sobre a Serra do mar.


Clima


Tabebuia heptaphylla, abrange, de acordo com a classificação de Köppen, os seguintes tipos climáticos: Clima tropical úmido e subúmido, Clima tropical, com inverno seco, Clima subtropical de inverno seco e Clima subtropical, com verão quente.

O ipê-roxo ocorre em locais com regime pluviométrico uniforme, porém aceita um déficit hídrico moderado. A precipitação pode variar de 1000 mm a 1900 mm.

Quanto à temperatura, abrange variação média anual de 18º C a 26º C.


Solo


A espécie ocorre em solos como os Argissolos, com altitudes até 400 metros; em Cambissolos, entre 400 e 800 metros e em Latossolos, em altitudes que podem variar entre 800 m a 1500 m.

De acordo com CARVALHO (1994), o ipê-roxo tem apresentado um melhor crescimento em solos com fertilidade química média a elevada, profundos, com boa drenagem e de textura franca a argilosa.


Produção de Mudas


Para aproveitamento de sementes, os frutos devem ser coletados diretamente da árvore quando mudam da cor verde para quase preta, antes da dispersão das sementes (CARVALHO, 1994).

As sementes devem ser postas pra germinar logo que colhidas, em canteiros ou embalagens individuais contendo solo argiloso rico em matéria orgânica. Cobrir apenas levemente as sementes com substrato peneirado, mantendo-as em ambiente semi-sombreado. A emergência ocorre em 10-12 dias e o desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio no local definitivo em menos de 4 meses. O desenvolvimento das plantas no campo é apenas moderado, alcançando aproximadamente 3 metros em 2 anos (LORENZI, 1992).


Sementes


Produz sementes cuja viabilidade varia de 3 a 15 meses (HIGA & VIANA) em câmaras frias/seca, com redução drásticas da viabilidade na câmara fria e ambiente de laboratório.

As sementes de ipê-roxo são ortodoxas e possuem taxa de germinação de 60%. Para cada quilo obtém-se de 13.500 a 35.00 sementes.

KANO;MÁRQUEZ & KAGEYAMA (1978) identificaram uma pequena influência da condição de câmara seca sobre a conservação das sementes de ipê-roxo. A umidade crítica, segundo os autores, poderá se situar em torno de 10% a 11%, em função do ambiente e do período de duração do armazenamento.


Interação Medicamentosa


O Ipê-Roxo é tido como um poderoso auxiliar no combate a determinados tipos de tumores cancerígenos. É usado também como analgésico e como auxiliar no tratamento de doenças estomacais e da pele. No passado, foi largamente utilizado no tratamento da sífilis. A árvore do Ipê-roxo é alta e tem como característica as flores tubulares arroxeadas. Os estudos ainda não comprovaram suas propriedades anticancerígenas. A substância com propriedades terapêuticas é encontrada na casca. A extração predatória, realizada durante anos, quase levou a espécie à extinção.


Fonte: Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais.
Obrigado à Renatinha!